Idade: 19
O que faz: caloura do Instituto de Tecnologia de Illinois, nos EUA
Por que é um gênio: descobriu que dar aulas de matemática usando elementos da cultura do aluno é mais eficiente
Tamara Gedankien fez quase 80% da turma tirar notas altas resolvendo questões de cálculo com conceitos rabínicos
Ela decidiu passar o mês de julho no Mediterrâneo, com muito sol e calor, perto do mar e de paisagens históricas. Mas não quer saber de descanso. Caxias, Tamara está aproveitando as férias para dissecar cérebros de insetos em um curso de verão sobre neurobiologia e genética, no Instituto Weizmann de Ciência, em Israel. Ficar um mês enfurnada em um laboratório do outro lado do mundo não é um sacrifício para ela. “É um caminho natural”, diz a garota, cujos estudos também já a levaram para o Chile e Estados Unidos. Em maio do ano passado, na Califórnia, Tamara participou da Feira Internacional de Ciência e Engenharia (Intel Isef), considerada a principal competição internacional de estudantes pré-universitários. Levou para casa o primeiro lugar na categoria Ciências Comportamentais e Sociais. Seu trabalho superou outros 200 apresentados por estudantes do mundo todo.
Para realizar o feito – então inédito entre jovens brasileiros – Tamara desenvolveu uma metodologia inovadora de ensino da matemática. Ela mostrou que os alunos aprendem melhor a disciplina quando recebem conteúdo com elementos de sua própria cultura. A pesquisa de iniciação científica foi feita entre 2008 e 2009, com a orientação de um professor. A jovem analisou obras da tradição judaica para elaborar aulas que tivessem mais a ver com a vida dos estudantes, e usou como cobaias duas turmas do colégio paulistano Bialik, onde estudava. Com os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental, aplicou a Guematria (sistema em que cada letra do alfabeto hebraico ganha um valor numérico) para explicar cálculo. Já o pessoal da 9ª série aprendeu a resolver problemas geométricos com as conceituações do Guemará, livro em que rabinos discutem vários conceitos judaicos a partir de questões práticas, como a construção de uma cabana.
A diferença apareceu, bem, nos números. No grupo experimental da 5ª série, 79% dos alunos tiraram notas altas, contra 43% entre os que tiveram aulas tradicionais. O bom rendimento também foi verificado na 9ª série, que obteve 74% de sucesso ante 48% dos demais. “O método pode ser usado para todas as culturas”, garante Tamara. O projeto rendeu a ela, além do reconhecimento internacional, um prêmio de US$ 8 mil e uma bolsa de graduação em psicologia no Instituto de Tecnologia de Illinois, para onde irá após as produtivas férias.
Para realizar o feito – então inédito entre jovens brasileiros – Tamara desenvolveu uma metodologia inovadora de ensino da matemática. Ela mostrou que os alunos aprendem melhor a disciplina quando recebem conteúdo com elementos de sua própria cultura. A pesquisa de iniciação científica foi feita entre 2008 e 2009, com a orientação de um professor. A jovem analisou obras da tradição judaica para elaborar aulas que tivessem mais a ver com a vida dos estudantes, e usou como cobaias duas turmas do colégio paulistano Bialik, onde estudava. Com os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental, aplicou a Guematria (sistema em que cada letra do alfabeto hebraico ganha um valor numérico) para explicar cálculo. Já o pessoal da 9ª série aprendeu a resolver problemas geométricos com as conceituações do Guemará, livro em que rabinos discutem vários conceitos judaicos a partir de questões práticas, como a construção de uma cabana.
A diferença apareceu, bem, nos números. No grupo experimental da 5ª série, 79% dos alunos tiraram notas altas, contra 43% entre os que tiveram aulas tradicionais. O bom rendimento também foi verificado na 9ª série, que obteve 74% de sucesso ante 48% dos demais. “O método pode ser usado para todas as culturas”, garante Tamara. O projeto rendeu a ela, além do reconhecimento internacional, um prêmio de US$ 8 mil e uma bolsa de graduação em psicologia no Instituto de Tecnologia de Illinois, para onde irá após as produtivas férias.
Crédito:
Revista Galileu
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