Diplomatas deixam o recinto durante a fala do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Assembleia Geral da ONU, nesta quinta-feira (22) (Foto: Reuters)
Ahmadinejad disse que 11 de Setembro foi pretexto para ataques dos EUA.
Em protesto, delegações de EUA, França e outros países deixaram recinto.
Diplomatas dos EUA e de outros países ocidentais deixaram o recinto da Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira (22) durante o discurso do presidente do IRÃ, Mahmoud Ahmadinejad.
A delegação americana tomou a atitude logo após o presidente iraniano ter dito que os ataque do 11 de Setembro foram um "pretexto" para ofensivas americanas no Iraque e no Afeganistão.
Ahmadinejad disse que os atentados foram "misterioros" e afirmou que os EUA e seus aliados "encaram o sionismo como uma noção sagrada e uma ideologia".
"Usando sua rede de mídia imperialista, sob a influência do colonialismo, eles ameaçam qualquer um que questione o Holocausto e o evento do 11 de Setembro com sanções e ações militares", disse.
O líder iraniano também atacou durante o papel americano nos conflitos bélicos e na crise financeira e pediu que as principais potências ocidentais paguem indenizações pela escravidão.
Diplomatas de outras delegações saíram logo em seguida, liderados pelos franceses.
Mais tarde, a Casa Branca minimizou o discurso de Ahmadinejad e acusou o governo iraniano de maltratar seus próprios cidadãos de maneira "vil".
"O senhor Ahmadinejad tinha uma oportunidade para tratar das aspirações de liberdade e dignidade de seu próprio povo, mas preferiu se dedicar a fazer horrendos comentários antissemitas e divulgar teorias da conspiração", disse o porta-voz da missão americana, Mark Kornblau.
"Foi uma postura coordenada pela UE para caso o presidente iraniano questionasse as nações europeias por seu 'apoio ao sionismo' e fizesse referência ao holocausto", declarou à France Presse uma fonte francesa.
As declarações de Ahmadinejad não são novidade. Ele havia feito discurso semelhante por ocasião dos 10 anos do 11 de Setembro, e também na Assembleia Geral da ONU do ano passado - o que provocou reação semelhante dos diplomatas ocidentais.
Crédito:
G1
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