sábado, 15 de outubro de 2011

Inteligência emocional

Com um beijo, manifestamos os nossos sentimentos e evocamos emoções. 
É um conceito em Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles.

O emprego mais antigo de um conceito similar ao inteligência emocional remonta a Charles Darwin, que em sua obra referiu a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação.

Embora as definições tradicionais de inteligência enfatizem os aspecto cognitivos, como memória e resolução de problemas, vários pesquisadores de renome no campo da inteligência estão a reconhecer a importância de aspectos não-cognitivos.

Na década de 1990, a expressão "inteligência emocional", tornou-se tema de vários livros (e até best-sellers) e de uma infinidade de discussões em programas de televisão, em escolas e mesmo em empresas. O interesse da mídia foi despertado pelo livro "Inteligência emocional", de Daniel Goleman, redator de Ciência do The New York Time, em 1995. No mesmo ano, na capa da edição de Outubro, a revista Time perguntava ao leitor - "Qual é o seu QE?" - apresentando um importante artigo assinado por Nancy Gibbs sobre o livro de Goleman e despertando o interesse da mídia sobre o tema. A partir de então, os artigos sobre inteligência emocional começaram a aparecer com frequência cada vez maior por meio de uma ampla gama de entidades académicas e de periódicos populares.

A publicação de "The Bell Curve" (1994) pelo psicólogo e professor da Universidade de Harvard  Richard Hermstein e pelo cientista político Cahrles Murray lançou controvérsias em torno do QI. Segundo os autores, a tendência era que a sociedade moderna se estratificasse pela definição de inteligência, não pelo poder aquisitivo ou por classes. O que causou maior polêmica e indignação por parte de inúmeros setores da sociedade foi a afirmação dos autores de que, no que diz respeito à inteligência haveria diferenças entre as etnias.

Salovey e Mayer definiram inteligência emocional como:


"...a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros."
(Salovey & Mayer, 2000).

Dividiram-na em quatro domínios:


Percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos, como  voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional de outra.


Uso das emoções – implica na capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio.


Entender emoções - é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes;


Controle (e transformação) da emoção - constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional – e a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.
Goleman definiu inteligência emocional como: "...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossosrelacionamentos."

6. Os testes tradicionais medem a capacidade cognitiva da pessoa. Já os de inteligência emocional baseados na habilidade, são passíveis de interpretações subjetivas do comportamento. O maior problema enfrentado quando se trata de medição de inteligência emocional é como avaliar as respostas "emocionalmente mais inteligentes": uma pessoa pode resolver situações que envolvem componentes emocionais de diversas maneiras.

(Goleman, 1998)


Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.


Segundo ele, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades:


1 - Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando ocorrem;


2 - Controle Emocional - lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida;


3 - Auto Motivação - dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal;


4 - Reconhecimento de emoções em outras pessoas - reconhecer emoções no outro e empatia de sentimentos; e


5 - Habilidade em relacionamentos inter-pessoais - interação com outros indivíduos utilizando competências sociais.


As três primeiras são habilidades intra-pessoais e as duas últimas, inter-pessoais. Tanto quanto as primeiras são esseciais ao auto-conhecimento, estas últimas são importantes em:


1 - Organização de Grupos - habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, bem como a habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança e uma cooperação espontânea.


2 - Negociação de Soluções - característica do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.


3 - Empatia - é a capacidade de, ao identificar e compreender os desejos e sentimentos dos indivíduos, reagir adequadamente de forma a canalizá-los ao interesse comum.


4 - Sensibilidade Social - é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas.


5. Os cientistas têm se empenhado em mensurar essas habilidades, tendo sido validados testes como o "Multi-factor Emotional Intelligence Scale" ("MEIS") (Escala Multifatorial de Inteligência Emocional, 1998) e o "Mayer-Salovery-Caruso Emotional Intelligence Test" ("MSCEIT") (Teste de Inteligência Emocional de Mayer-Salovey-Caruso, 2002).

Crédito:
WKP

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