Brasília – O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Ophir Cavalcante, manifestou o total apoio da entidade à Resolução baixada pelo
Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) instituindo a
obrigatoriedade de os formandos em cursos de Medicina se submeterem a um exame
de conclusão do curso. O tema foi tratado em reunião realizada hoje (04) na
sede da OAB entre Ophir e o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior, além
de outros dirigentes do Conselho.
O exame, conforme relatou Renato Azevedo, não terá o condão de impedir a
concessão do registro profissional a quem se formou e não obteve aprovação. No
entanto, a avaliação passará a ser obrigatória para tornar possível aos
Conselhos Médicos disporem de estatísticas confiáveis quanto à qualidade dos
cursos e da educação oferecida aos médicos. Atualmente, em São Paulo, os
profissionais já se submetem a um exame de conhecimentos. Este, no entanto, por
ser facultativo, não tem registrado número significativo de formandos
avaliados.
No encontro, o presidente do Cremesp pediu o apoio da OAB à iniciativa e
afirmou que o exame deve ser encarado como medida de proteção da sociedade, que
tem o direito de contar com profissionais da saúde qualificados nos hospitais e
clínicas. Renato Azevedo ainda expôs sua preocupação com a formação dos médicos,
que, muitas vezes, chegam ao mercado despreparados e sem terem passado sequer
por uma residência. Ele ainda chamou a atenção para o aumento vertiginoso no
número de vagas em cursos de Medicina. “Muitos desses cursos apresentam corpo
docente desqualificado e carência de bibliotecas, laboratórios e de
hospitais-escola”, afirmou.
Ophir Cavalcante afirmou que a edição da Resolução instituindo o exame
obrigatório funciona como uma resistência por parte da sociedade civil
brasileira e da Medicina em defesa da vida. “Esse é o bem maior a ser preservado
e defendido pelos médicos, assim como a OAB luta para contar com bons advogados,
qualificados para a defesa de dois outro bens importantes: a liberdade e o
patrimônio dos cidadãos”, acrescentou o presidente da OAB.
Informativo OAB
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