domingo, 15 de julho de 2012

CRACK a mais avassaladora das drogas.



Assustadoramente , cerca de 600.000 pessoas são dependentes somente no Brasil.
De cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga.

Preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul chamada de benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retrada das folhas da planta, dando origem a uma pasta: sulfato de cocaína. feita a partir da mistura de pasta de cocaina  com bicabornato de sódio.  É uma forma impura de cocaína e não um sub-produto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem.
 
 
Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
 
 
O crack é uma droga, geralmente fumada, A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro o usuário tem alucinações e paranoia (ilusões de perseguição).
 
 

O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante, sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de serinfa — basta um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como, por exemplo, uma lata de alumínio furada.

A história do crack está diretamente relacionada com a da cocaína, grandemente consumida por grupos de amigos, em um contexto recreativo. No entanto, a cocaína era uma droga cara, apelidada de “a droga dos ricos”. Esse foi o principal motivo para a criação de uma “cocaína” mais acessível.

De fato, a partir da década de 70 começaram a misturar a cocaína com outros produtos e conforme outros métodos. Foi assim que surgiu o crack, obtido por meio do aquecimento de uma mistura de cocaína, água e bicarbonato de sódio. Na década de 80, o crack se tornou grandemente popular, principalmente entre as camadas mais pobres dos Estados Unidos.

As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.


O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.

Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.


O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.
O caminho da droga no organismo
 
 
Do cachimbo ao cérebro
1.O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares
2.Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro
3.No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral
4. O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea
5. No fígado, ele é metabolizado
6. A droga é eliminada pela urina

Ação no sistema nervoso


Em uma pessoa normal, os impulsos nervosos são convertidos em neurotransmissores, como a dopamina (1), e liberados nos espaços sinápticos. Uma vez passada a informação, a substância é recapturada (2). Nos usuários de crack, esse mecanismo encontra-se alterado.




A droga (3) subverte o mecanismo natural de recaptação da substância nas fendas sinápticas. Bloqueado esse processo, ocorre uma concentração anormal de dopamina na fenda (4), superestimulando os receptores musculares - daí a sensação de euforia e poder provocada pela droga. A alegria, entretanto, dura pouco. Os receptores ajustam-se às necessidades do sistema nervoso. Ao perceber que existem demasiados receptores na sinapse, eles são reduzidos. Com isso as sinapses tornam-se lentas, comprometendo as atividades cerebrais e corporais.


Efeitos psicológicos

O crack é uma substância que afeta a química do cérebro do usuário: causando euforia, alegria, suprema confiança, perda de apetite, insonia, aumento da energia, um desejo por mais crack, e paranoia potencial (que termina após o uso). O seu efeito inicial é liberar uma grande quantidade de dopamina, uma química natural do cérebro que causa sentimentos de euforia e de prazer. O efeito geralmente dura de 5-10 minutos, após o qual os níveis de tempo de dopamina no cérebro despencam, deixando o usuário se sentindo deprimido.


Quando o crack é dissolvido e injetado, a absorção pela corrente sanguínea é tão rápido como a absorção que ocorre quando o crack é fumado, e sentimentos de euforia pode ser experimentado. Uma resposta típica entre os usuários é ter outro hit da droga, no entanto, os níveis de dopamina no cérebro levam muito tempo para se restabelecer, e cada dose recebido em rápida sucessão leva a efeitos cada vez menos intenso. No entanto, uma pessoa pode ficar 3 ou mais dias sem dormir, enquanto sob o efeito do crack. Uso do crack em uma festa, durante o qual a droga é tomada repetidamente e em doses cada vez mais elevadas, leva a um estado de irritabilidade crescente, agitação e paranoia. Isso pode resultar em uma psicose paranoica, em que o indivíduo perde o contato com a realidade e passa a ter alucinações. Abuso de estimulantes de drogas (principalmente anfetaminas e cocaína) podem levar a parasitose delirante (Síndrome aka Ekbom: a crença equivocada de que são infestados de parasitas). Por exemplo, o uso de cocaína em excesso pode levar à formigamento, apelidado de "bugs cocaína" ou "erros de coque", onde as pessoas afetadas acreditam ter, ou sentir, parasitas rastejando sob a pele.


Essas ilusões também estão associados com febre alta ou abstinência do álcool, muitas vezes juntamente com alucinações visuais sobre insetos. Pessoas que vivem essas alucinações podem arranhar-se e causar danos cutâneos graves e sangramento, especialmente quando eles estão delirando, podendo levar esta pessoa a ser mais agressiva,tornando-o a cometer pequenos furtos para manter o vício.

Efeitos fisiológicos
 
 
Os efeitos fisiológicos em curto prazo do crack incluem: constrição dos vasos sanguíneos, pupilas dilatadas, aumento da temperatura, da frequência cardíaca e da pressão arterial. Grandes quantidades (várias centenas de miligramas ou mais) intensificam o efeito do crack para o usuário, mas também pode levar a um comportamento bizarro, errático, e violento. Grandes quantidades podem induzir tremores, vertigens, espasmos musculares, paranoia ou, com doses repetidas, uma reação tóxica muito parecida com a reação do uso das anfetaminas. Alguns usuários de crack relataram sentimentos de agitação, irritabilidade e ansiedade. Em casos raros, morte súbita pode ocorrer no primeiro uso do crack ou de forma inesperada depois. As mortes relacionadas ao crack são muitas vezes resultado de parada cardíaca ou convulsões seguida de parada respiratória. Uma tolerância considerável ao uso do crack pode-se desenvolver, com muitos viciados relatando que eles procuram, mas não conseguem atingir tanto prazer como fizeram da sua primeira experiência.


Alguns usuários aumentam a frequência das doses para intensificar e prolongar os efeitos eufóricos. Embora a tolerância à altas doses possa ocorrer, os usuários poderão também tornar-se mais sensíveis (sensibilização) para efeitos anestésicos e convulsivante do crack, sem aumentar a dose tomada:. Aumento de sensibilidade pode explicar algumas mortes que ocorrem após doses aparentemente baixas de crack.

O crack eleva a temperatura do corpo, podendo causar no dependente um acidente cascular cerebral. A droga também causa destruição de neuronios e provoca a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá uma aparência visivelmente alterada aos seus usuários contínuos, bem característica (esquelética): olhos esbugalhados e ossos da face salientes, braços e pernas finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito narcótico. Outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o dependente facilmente doente.

A maioria das pessoas que consomem bebidas alcoólicas não se torna alcoólatra (dependente de álcool). Isso também é válido para grande parte das outras drogas. No caso do crack, com apenas três ou quatro doses, às vezes até na primeira, o usuário se torna completamente viciado. Normalmente o dependente, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinência – depressão, ansiedade e agressividade — comum a outras drogas estimulantes.
 
 
Após o uso, a pessoa apresenta quadros de extrema violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois, por consequência, volta-se contra a sociedade em geral, com visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em referência.
 
 
O consumo de crack fumado através de latas de alumínio como cachimbo, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a dano neurológico, tem levado a estudos em busca de evidências do aumento do alumínio sérico em usuários de crack.
 
 
Chances de recuperação e tratamento
 
 
As chances de recuperação dessa doença, que muitos especialistas chamam de "doença adquirida" (lembrando que a adição não tem cura), são das mais baixas que se conhece dentre todas as droga-dependências. A submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. Nas Comunidades Terapêuticas as internações acontecem voluntariamente. Estão regulamentadas pela Resolução nº 101/2001 da Vigilância Sanitária, mas várias das que funcionam atualmente estão fora das normas.

É comum o dependente iniciar, mas abandonar o tratamento.

A imprensa também tem mostrado as dificuldades sofridas por parentes de viciados em crack para tratá-los. Casos extremos, de famílias que não conseguem ajuda no sistema público de saúde, são cada vez mais comuns.

A melhor forma de tratamento desses pacientes ainda parece ser objeto de discussão entre especialistas. Muitos psiquiatras e autoridades posicionam-se a favor da internação compulsória em casos graves e emergenciais, cobrando revisão da legislação brasileira, que restringe severamente a internação compulsória de dependentes químicos, e aumento de vagas em clínicas públicas que oferecem esse tipo de internação. Contra a internação involuntária, há argumentos de que é muito baixa a eficácia do tratamento sem que haja o desejo da pessoa de se tratar. Por outro lado, admiti-la como foco de uma política de tratamento dos usuários de crack poderia abrir espaço para a violação de direitos humanos, como ressaltou Pedro Abramovay, em entrevista na Revista Cult, 165, ano 15, fevereiro 2012: "Não dá para não pensar na metáfora de Machado de Assis - a internação compulsória pode levar todos à Casa Verde [hospício criado por Simão Bacamarte em 'O Alienista']."

Poucas cidades brasileiras possuem o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e drogas (CAPS AD). Essa modalidade de CAPS foi criada pela portaria ministerial nº 336 de 10 de fevereiro de 2002. Possui atendimento ambulatorial e hospital-dia com equipes interdisciplinares cuja a função é criar uma rede de atenção aos usuários de álcool e outras drogas.

Outra estratégia de intervenção voltada à abordagem do usuário de crack são os chamados "Consultórios de Rua".

A recuperação não é impossível, mas depende de muitos fatores, como o apoio familiar, da comunidade, a existência de rede de saúde adequada e, de modo
especial, a persistência da pessoa (vontade de mudar). Além disso, quanto antes procurada a ajuda, mais provável o sucesso no tratamento. Segundo o médico psiquiatra Marcelo Ribeiro de Araújo, "Faz-se necessário a constituição de equipe interdisciplinar experiente e capacitada, capaz de lhes oferecer um atendimento intensivo e adequado às particularidades de cada um deles, contemplando suas reais necessidades de cuidados médicos gerais, de apoio psicológico e familiar, bem como de reinserção social".

No caso de internação, pode ser de extrema importância o acompanhamento do usuário após esse período, para que não recaia no vício.

Seis vezes mais potente que a cocaína, o crack tem ação devastadora provocando lesões cerebrais irreversíveis e aumentando os riscos de um derrame cerebral ou de um infarto.

Diferentemente do que se poderia imaginar, porém, não são as complicações de saúde pelo uso crônico da droga, mas sim os homicídios, que constituem a primeira causa de morte entre os usuários, resultantes de brigas em geral, ações policiais e punições de traficantes pelo não-pagamento de dívidas contraídas nesse comércio. Outra causa importante são as doenças sexualmente transmissíveis, como o  HIV por exemplo, por conta do comportamento promíscuo que a droga gera. O modo de vida do usuário, enfim, o expõe à vitimização, muitas vezes e infelizmente levando-o a um fim trágico.

Estudos indicam que a porcentagem de usuários de crack que são vítimas de homicídio é significativamente elevada: O pesquisador Marcelo Ribeiro de Araújo acompanhou 131 dependentes de crack internados em clínicas de reabilitação e concluiu que usuários de crack correm risco de morte oito vezes maior que a população em geral. Cerca de 18,5% dos pacientes morreram após cinco anos. Destes, cerca de 60% morreram assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência de AIDS.

Estatísticas e apreensões policiais demonstram um aumento percentual do consumo de crack em relação às outras drogas, vindo seus usuários das mais variadas camadas sociais. Outros estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício. Na periferia da cidade de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da AIDS no Brasil.

Outras drogas, sobretudo a cocaína, funcionam, via de regra, como porta de entrada para o crack a que o usuário recorre por falta de dinheiro.


Fontes
3.     www.brasil.gov.br
5.      a b Flavio Pechansky et al; Usuárias brasileiras de crack apresentam níveis séricos elevados de alumínio; Rev. Bras. Psiquiatr. vol.29 no.1 São Paulo Mar. 2007 Epub Feb 28, 2007; doi: 10.1590/S1516-44462006005000034
7.     Clínica é fechada por suspeita de maus-tratos contra dependentes em MG. G1 (31 de julho de 2009). Página visitada em 3 de agosto de 2011.
8.     Recuperação: muitos abandonam o tratamento ainda no início. clicRBS (27 de maio de 2009). Página visitada em 3 de agosto de 2011.
9.     Familiares têm dificuldade em tratar viciados em crack. globo.com (27 de outubro de 2009). Página visitada em 3 de agosto de 2011.
10.  Mãe acorrenta filho usuário de drogas. Tudo em Dia. Página visitada em 3 de agosto de 2011.
11.  Autoridades querem internar usuários de crack. globo.com (25 de junho de 2009). Página visitada em 3 de agosto de 2011.
12.  Pesquisa: 98% das cidades brasileiras têm problemas ligados ao crack. Estadão (13 de dezembro de 2010). Página visitada em 3 de agosto de 2011.
13.  Prevenção ao uso indevido de drogas : Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias. - 3.ed.- Brasília: Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD, 2010
14.  Entrevista com Marcelo Ribeiro. ABEAD (10 de outubro de 2008). Página visitada em 3 de agosto de 2011.
15.  Alta mortalidade entre jovens usuários de crack no Brasil. drashirleydecampos.com.br (19 de agosto de 2005). Página visitada em 3 de agosto de 2011.
16.  Gustavo Leal de Albuquerque; O crack em Pernambuco; ABIN - Agência Brasileira de Inteligência

Um comentário:

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