quarta-feira, 6 de julho de 2011

Carta enviada a Academia Brasileira de Letras

Transcrevo na íntegra um e-mail recebido, que é uma correspondência enviada a Academia Brasileira de Letras

" Amigos e amigas,

Envio cópia da minha mensagem à Academia Brasileira de Letras diante deste descalabro.
Vocês não estão achando estranho o lançamento de um livro de gramática que ensina os alunos a falar errado? E não acham um absurdo Ronaldinho Gaúcho receber a Medalha Machado de Assis (vídeo em anexo)?
Se considerarmos o tripé cultura, sociedade e política, a conclusão inescapável é a de que o Brasil está definitivamente destruído. Digo "definitivamente" porque dificilmente se poderá reverter este estado de coisas.

"Senhores acadêmicos,
Pergunto por quê a Medalha Machado de Assis foi conferida ao jogador Ronaldinho Gaúcho. Que tipo de contribuição ou que exemplo culturalmente edificante ensejou tal honraria? Desde que esta Casa se abriu para políticos e generais, ao mesmo tempo em que recusou Lima Barreto e Monteiro Lobato, forçoso é concordar com Agripino Grieco: 'A Academia é um sodalício em decadência, em que a sucessão dos defuntos se opera pela admissão de novos defuntos, e dela só poderá sair perfeito um tratado sobre arte culinária'.

Talvez nem isso, senhores, depois de Paulo Coelho e Ronaldinho, quem sabe a Bruna Surfistinha. Bem fez Drummond em se recusar a entrar para essa farândola. Fica um apelo: mudem o nome "Casa de Machado de Assis" para "Casa da Mãe Joana", pois o próprio Machado muito bem resumiu  essa atitude sórdida de V. Sas: "Em nosso país a vulgaridade é um título, a mediocridade um brasão".

A citação de Machado data de 1864. O que ele não diria hoje, desse imenso excremento que se tornou o Brasil? "
Wagner de Mello

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