sexta-feira, 2 de novembro de 2012

BULLYING o terror do século.





Adentramos ao novo milênio e, com ele, à intensificação das diversas formas de preconceito. Esse tipo de problema não é recente. Porém, tem se intensificado nos últimos anos e se refletido continuamente nos mais diversos âmbitos sociais. Essa situação fez com que ele adquirisse outras denominações, como bullying. Mas, independentemente de sua denominação, esse mal leva as pessoas a julgarem outras com base em diversos fatores, tais como: sociais, econômicos, linguísticos, etários, de orientação sexual, de aparência física, de cor, etc.

O bullying está em todos os lugares, por exemplo, no ambiente de trabalho (workplace bullying, ou assédio moral, como vem sendo chamado no Brasil). Esta situação é frequente e tem gerado pedido milionário de indenizações em muitos países. Ocorre também através da internet, cada vez com mais frequência (cyber bullying) ou através do telefone celular (mobile bullying). E o onde tem sido muito mais frequente e notado, nas escolas e essa nova denominação, bullying, tem sido objeto de inúmeras discussões, ganhando espaço em diversos meios de comunicação.

O que é bullying?
Bullying é um comportamento consciente, intencional, deliberado, hostil e repetido, de uma ou mais pessoas, cuja intenção é ferir outros. Bullying é uma afirmação de poder através de agressão. Suas formas mudam com a idade: bullying escolar, assédio sexual, ataques de gangue, violência no namoro, violência conjugal, abuso infantil, assédio no local de trabalho e abuso de idosos (Pepler e Craig, 1997).

O bullying pode assumir várias formas e pode incluir diferentes comportamentos, tais como:


• Violência e ataques físicos
• Gozações verbais, apelidos e insultos.
• Ameaças e intimidações
• Extorsão ou roubo de dinheiro e pertences
• Exclusão do grupo de colegas

Mito: “Bullying é apenas uma fase, uma parte normal da vida”. Eu passei por isto e meus filhos vão passar também.

Fato: Bullying não é um comportamento nem “normal” nem socialmente aceitável. Na verdade, se aceitarmos este comportamento estaremos dando poder aos bullies.

Mito: “Se eu contar pra alguém, só vai piorar.’

Fato: As pesquisas mostram que o bullying para quando adultos com autoridade e os colegas se envolvem.

Mito: “Reaja e devolva as ofensas ou pancadas.”
Fato: Embora haja algumas vezes em que as pessoas podem ser forçadas a se defender, bater de volta geralmente piora o bullying e aumenta o risco de sério dano físico.

Mito: “Bullying é um problema escolar, os professores é que devem tratar disto.”

Fato: Bullying é um problema social mais amplo e que ocorre com frequência fora das escolas, na rua, nos shoppings, na piscina, nos treinamentos esportivosi e no local de trabalho dos adultos.

Mito: “As pessoas já nascem bullies.”

Fato: Bullying é um comportamento aprendido e comportamentos podem ser mudados.


BULLYING ESCOLAR - FIQUE ATENTO!!



O BULLYING escolar pode ser considerado o pior de todos, pois as crianças, quase que na sua totalidade indefesas, aliada aos pais muita das vezes ausentes, omissos, preocupados com tantas coisas, não percebem o comportamento dos filhos, os sinais da agressão.  Quando “acordam” para o problema, muita das vezes pode ser tarde demais...





Como sei que o meu filho está a ser vítima de maus-tratos psicológicos?

Sempre que notar alterações no humor do seu filho, abatimento físico e psicológico, sem paciência para nada, mais alheado da família do que de costume, mais introspectivo, com piores resultados na escola, com queixas físicas permanentes (dor de cabeça, de estômago, fadiga), irritabilidade extrema, inércia. Se bem que muitos destes sintomas possam ser confundidos com a adolescência, é necessária uma atenção redobrada.

Sinais de alerta da violência infantil:

Ira intensa

Ataques de fúria

Irritabilidade extrema

Frustrar-se com frequência

Impulsividade

Autoagressão

Poucos amigos

Dificuldade para prestar atenção

Inquietude física
 

O bullying ocorre em que segmentos da sociedade?

As pesquisas efetuadas, inclusive no Brasil, mostram que o bullying ocorre em qualquer escola, independente de condições sociais e econômicas dos alunos.


Que tipos de atos agressivos são praticados?

As atitudes mais comuns são de ofensas verbais, humilhações, exclusão, discriminação, mas também podem envolver agressões físicas e sexuais. Apelidos ofensivos é a principal queixa dos alunos-alvo. Duas situações frequentes nas pesquisas europeias ainda são pouco citadas entre nós - a homofobia é uma e a outra é o "cobrar pedágio", extorquindo dinheiro do lanche, por exemplo.


Quem participa do bullying nas escolas?

Os alunos-alvo (que sofrem o bullying), os alunos-autores (que praticam o bullying), os alunos testemunhas silenciosas (que assistem aos atos de bullying, sem nada fazer), os professores, orientadores, funcionários, etc.


O bullying é um fenômeno moderno?

Não, mas apenas agora vem sendo reconhecido como causador de danos e merecedor de medidas especiais para sua prevenção e enfrentamento. 


Que tipo de danos pode causar o bullying?

A vítima pode apresentar baixa autoestima, dificuldade de relacionamento social e no desenvolvimento escolar, fobia escolar, tristeza, depressão, podendo chegar ao suicídio e a atos de violência extrema contra a escola. Já os autores podem se considerar realizados e reconhecidos pelos seus colegas pelos atos de violência e poderão levar para a vida adulta o comportamento agressivo e violento. As testemunhas silenciosas também sofrem, pela sua omissão e falta de coleguismo. Muitos se sentem culpados por toda a vida (um trauma permanente).


Como suspeitar que uma criança esteja sofrendo bullying na escola?

Rejeitar a escola, pedir para mudar de sala de aula, queda no rendimento escolar, passar a apresentar sinais de somatizações (diarreia, vômitos, dores abdominais, asma, insônia e pesadelos), e problemas emocionais (como tristeza, depressão) ou sociais (como isolamento e não participação em atividades de grupo). Os pais devem estar sempre atentos para a possibilidade de o seu filho estar sofrendo bullying. Acompanhar a socialização da criança é tão, ou mais, importante quanto tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar. Uma boa dica é convidar para irem à sua casa os colegas da escola.


O que fazer para combater o bullying?

O primeiro passo é o reconhecimento pela sociedade, pelos pais e sobretudo pelas escolas de que o bullying existe, é danoso e não pode ser admitido. À escola cabe a responsabilidade maior de envolver todos seus membros na não aceitação do bullying privilegiando a prevenção. Diante de casos ocorrido, à escola compete reunir todos os participantes e as famílias. Os pais e os alunos têm que obrigatoriamente participar.


E então o que os pais devem fazer?

Incentivar o filho a falar, ir à escola e buscar uma solução que envolva toda a comunidade escolar. É lógico que isso só será possível se a escola tiver como lema a não aceitação do bullying. É bom lembrar que o bullying ocorre em todas as escolas. Diz-se que a escola que afirma que lá não ocorre o bullying é provavelmente aquela onde há mais situações de bullying, porque nada fazem para prevenir e reprimir.


O bullying está sendo enfrentado amplamente no Brasil?

Não. Muito timidamente. A discussão do assunto mesmo em outros países é relativamente nova - pouco mais de 15 ou 20 anos. No Brasil ainda estamos começando a enfrentar o problema.

 

Os atos de violência praticados por adolescentes têm alguma relação com o bullying? 
Não diretamente. Contudo o comportamento agressivo de adolescentes tem sua origem na infância. Modelos agressivos de solução de conflitos ou problemas, são muitas vezes passados aos filhos pelos próprios pais. Valores como direitos iguais, cidadania, respeito ao próximo, frequentemente não são observados dentro da família. Adolescentes que sofreram violência na família, ou presenciaram atos de violência entre os pais, podem ter condutas agressivas na escola e na vida adulta.


Ao escolher uma escola para seus filhos os pais devem considerar a questão do bullyng?Sim. Uma escola que não conhece o assunto, que não desenvolve programas a partir do princípio “Nessa escola não se aceita o bullyng, o porque afirma que o bullyng lá nunca ocorreu, certamente não é uma boa escola. Evite-a.
 

 
" Para que o mal prospere, basta o silêncio dos homens de bem. "
 
 

 
TEMOS QUE PROTEGER NOSSAS CRIANÇAS COM TODAS AS NOSSAS FORÇAS, NEM QUE PARA ISSO TENHAMOS QUE DESPEZAR A NOSSA VIDA.
 


 
Esse assunto é tão grave e importante que o Conselho Nacional de Justiça editou uma cartilha – acesse, leia e fique atento:


 

 

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