Fiocruz faz testes: mosquito infectado deixa de transmitir vírus nas picadas seguintes
O anúncio foi feito nesta segunda-feira por representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Saúde, que iniciaram testes com os vetores em Manguinhos.
Basicamente, o método consiste em infectar o mosquito Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que vive naturalmente em insetos como moscas, borboletas e pernilongos.
O micro-organismo não causa danos em humanos, mas funciona como uma "vacina" para o mosquito da dengue. Quando infectado com a bactéria, o Aedes deixa de transmitir o vírus nas picadas seguintes.
“É mais uma forma de se evitar a dengue. Só o governo federal gasta por ano cerca de R$ 800 milhões com programas de contenção da doença”, aponta o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa. A esperança também recai sob a ação reprodutiva do mosquito da dengue infectado com a Wolbachia.
“As futuras larvas de mosquitos já nascem infectadas, gerando novos insetos dentro desta estratégia. A partir disso, não precisamos mais interferir”, explica o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira.
Estudo em campo
O projeto, que conta com investimentos da instituição americana Foundation for the National Institutes of Health, entra em sua segunda fase em maio de 2014. A partir desta data, os mosquitos infectados serão soltos em uma pequena cidade do Rio sob acompanhamento dos cientistas.
O micro-organismo não causa danos em humanos, mas funciona como uma "vacina" para o mosquito da dengue. Quando infectado com a bactéria, o Aedes deixa de transmitir o vírus nas picadas seguintes.
“É mais uma forma de se evitar a dengue. Só o governo federal gasta por ano cerca de R$ 800 milhões com programas de contenção da doença”, aponta o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa. A esperança também recai sob a ação reprodutiva do mosquito da dengue infectado com a Wolbachia.
“As futuras larvas de mosquitos já nascem infectadas, gerando novos insetos dentro desta estratégia. A partir disso, não precisamos mais interferir”, explica o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira.
Estudo em campo
Drama se repete a cada verão
Para se ter ideia do impacto da presença do vírus na população do Rio, de janeiro até 15 de setembro, a Secretaria Estadual de Saúde registrou 37 mortes pela doença e mais de 160 mil casos suspeitos.
Na capital, a Secretaria de Saúde contabilizou 133.786 casos de infecção por dengue. Só no bairro de Madureira, a prefeitura registrou 12.599 casos da doença.
No ano passado, o estado registrou 137 mortes e mais de 160 mil registros suspeitos. A capital, novamente, e o Município de São Gonçalo encabeçaram o ranking.
Países da Ásia e Oceania também têm projeto semelhante em andamento
O projeto já dá seus primeiros passos também no Vietnã, Indonésia e China, além do Brasil, que está na fase de laboratório, e Austrália, onde há testagem mais avançada, em campo. No calendário dos pesquisadores, é esperado que o país já tenha a fase de avaliação em alguma pequena cidade do Rio de Janeiro.
“Também esperamos realizar testes em Minas Gerais, já que temos laboratórios da Fiocruz por lá. Só não sabemos dizer quando”, adianta Luciano Moreira.
Além de agências reguladoras de saúde, os pesquisadores precisaram ter autorização do Ibama para importar os mosquitos da Austrália, que já estavam infectados pela bactéria.
“Esperamos também ter apoio da população brasileira para o sucesso da implementação da segunda fase do projeto”, lembra Luciano.
Futuramente, países vizinhos ao Brasil também deverão ser consultados e avisados pelo governo sobre a soltura de novos mosquitos em território nacional.
O projeto já dá seus primeiros passos também no Vietnã, Indonésia e China, além do Brasil, que está na fase de laboratório, e Austrália, onde há testagem mais avançada, em campo. No calendário dos pesquisadores, é esperado que o país já tenha a fase de avaliação em alguma pequena cidade do Rio de Janeiro.
“Também esperamos realizar testes em Minas Gerais, já que temos laboratórios da Fiocruz por lá. Só não sabemos dizer quando”, adianta Luciano Moreira.
Além de agências reguladoras de saúde, os pesquisadores precisaram ter autorização do Ibama para importar os mosquitos da Austrália, que já estavam infectados pela bactéria.
Futuramente, países vizinhos ao Brasil também deverão ser consultados e avisados pelo governo sobre a soltura de novos mosquitos em território nacional.
POR Bruno Trezena
Fonte - Jornal O DIA
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